domingo, 27 de maio de 2007

Uma montagem Legal

Alguém gravou os piados de seu canário e criou uma música em cima... fez um videoclip... ficou no mínimo interessante...

Para quem gosta de Canto de Canário

Um selecionado do You Tube para quem gosta de ouvir canário cantar....





Reportagem de 1939

Quando comecei a criar canários minha mãe me contou que essa era a paixão de meu avô (que faleceu antes de eu poder conhecê-lo). E contou tantas histórias, tantas coisas que ele falava repetidamente sobre sua criação que acabei aprendendo muita coisa só de ouvir. Ela também deixou escapar o ciúme que sentia dos bichinhos... é... acho que o velho era tão viciado quanto nós... e eu ainda tenho uma desculpa excelente!!! Tá no sangue!!! rsrsrsrrsr

Para mostrar por quanto tempo a criação de canários é importante selecionei uma reportagem da AO. Aliás, excelente revista!! Recomendo francamente sua assinatura até porque a qualidade de seus artigos (sobre ornitologia em geral) é impressionante, deixando muita revista científica do país no chinelo.

Sei que alguns "fuçam" tanto ou mais que eu na internet então muitos conhecem essa reportagem. Para aqueles que não conhecem... divirtam-se!
(Observem a cara de prazer do senhorzinho de suspensórios... viram? O tempo passa mas o prazer que esses bichinhos nos dão é o mesmo...)

CHÁCARAS E QUINTAIS, 15 de março de 1939, Vol. 59, pág.357-363

Entre os passarinhos que, com seus gorjeios e trinados, alegram-nos os lares, nenhum há mais popular que o canário. É a linda avezinha tão pouco exigente na alimentação e nos cuidados, a ponto de ser mínimo o lapso de tempo empregado em seu simples tratamento. Em compensação desse pequeno trabalho, ele nos delicia os ouvidos com seus belos cantos. Facilmente adaptável à vida de prisioneiro o canário se faz logo manso, coisa que não acontece com os outros pássaros, quando são caçados e postos em gaiolas e, ainda mais, ou melhor, o que é tudo, aninha sem mais rodeios e reproduz em viveiros. Nisso tudo vai a imensa estima e popularidade em que é tido o encantador passarinho. Os canários têm sido domesticados há séculos e, pode-se dizer, onde vai a civilização também vão eles. Em toda a Europa, na Ásia e pode-se dizer em todo o mundo, assim bem como em nosso país existem milhares de canários reprodutores e muitas sociedades destinadas à criação e aperfeiçoamento da raça. Vários jornais e revistas se editam em alguns países, ocupando-se exclusivamente de pássaros de gaiolas e, nas grandes cidades há, anualmente, exposições dos melhores produtos.

Parece que os canários se aclimatam bem por toda a parte, desde que se os não exponha aos rigores do tempo. Quando já estão habituados, eles são capazes de suportar surpreendentes graus de frio, onde, talvez, outros pássaros sucumbissem. Não é coisa rara na Inglaterra, vê-los sadiamente em viveiros externos, durante o ano inteiro.

ALIMENTAÇÃO

Como dissemos linhas atrás, são simples as exigências alimentares do canário. Alpiste a que tem sido acrescentadas algumas sementes de nabiça e um bocadinho de cânhamo, eis uma ração principal que, quem possui apenas alguns pássaros geralmente compra já misturada. Além da ração de sementes, também dá-se aos canários alguma verdura, especialmente a couve, muita couve, colocando as folhas entre as varetas da gaiola.

Consoante a estação, esse cardápio pode ser alterado, fornecendo-se aos canários ora uns biscoitinhos ora alguma fruta fresca, agora algum "pé de galinha", mais tarde, um bocado de alface. Principalmente na primavera e no começo do verão, os agriões, a aveia silvestre, as diversas espécies de grama, são aconselháveis. Também é muito bom o pão molhado em leite a escaldar, dado frio e por intervalos. As comidinhas delicadas não devem ser ministradas aos canários demasiadamente úmidas. Tudo quanto for alimentação úmida deve ser dado rigorosamente fresco e limpo, pois em caso contrário adoecerão as avezinhas. Siba também nunca deve faltar nas gaiolas e nos viveiros de canários. O cânhamo, conquanto um bom auxiliar da ração, não deve ser dado em excesso, porque engorda e pode tornar os canários tão moleirões, a ponto de pararem de cantar e, casos excepcionais, chegarem mesmo a morrer.



Também na China milenar a criação de canários tem seus afeiçoados: alguns costumes são realmente originais. Por exemplo, ai os canários, azes do canto, são conservados em gaiolas revestidas de pano e todos os dias ganham seu passeio e banhos de sol presos à ponta de uma vara, como mostra a fotografia.



Quando os canários param de cantar devido ao excesso de alimentação, será bom ministrar-lhes alguns dos alimentos estimulantes conhecidos com restauradores de canto, ou outros alimentos preparados vendidos na praça e de efeitos semelhantes. Quando for o tempo da "muda", um pouco de sementes de linho postas de permeio com o alpiste dizem ser bom para dar brilho à nova plumagem. Essas sementes hão de, porém, ser dadas em pequena porção, porquanto são prejudiciais si comidas em excesso. Uma ração de bichinhos, fornecida lá uma vez ou outra, faz bem aos passarinhos que não progridem. Em vez disso, pode-se também dar aos canários alguns bocados de carne crua bem picadinha, mas se não deve continuar com esse regime porquanto acabará, dando à gaiola cheiro nauseabundo. Os passarinhos delicados podem comer alpiste, sementes de nabiça e cânhamo, posto de molho em água pura, por espaço de 24 horas, e depois enxaguados e escorridos. Durante o período de procriação, assim que os canários começam a formar pares, convém dar-lhes ovos todos os dias. Prepara-se essa ração, esmigalhando um ovo cozido, bem duro, ou passando-o através de uma peneira, ajuntando-lhe em seguida igual porção de pão, ou de bolachas sem sal, também esmigalhando tudo. Essa alimentação pôde também ser ministrada a pássaros isolado, com intervalo de uma semana. Quando as canárias principiam a incubar, elas precisam ser alimentadas com ovos, cada três ou quatro dias, e até mesmo com menor freqüência. Dizem que juntando-se, mas em pequena porção, açúcar mascavo à ração de ovos, isso faz com que as canárias muito novas não se prejudiquem na postura dos primeiros ovos. Quando os canarinhos deixam a casca deve-se fornecer-lhes ração de ovos, de uma vez. Pessoas entendidas recomendam que, durante o primeiro dia, deve-se dar aos filhotinhos somente gema de ovo cozido. A essa ração acrescentam-se migalhas de pão, diariamente, até ao terceiro dia de alimentação de ovos. Têm sido feitas diversas tentativas no sentido de regular o suprimento da ração de ovos, ou de outro qualquer alimento delicado, de modo a ser a mesma ingerida sem prejuízo. A quantidade há de variar consoante cada caso individual. O suprimento de sementes não há de faltar, sem ser levado em conta o que houver de outra alimentação. É muito conveniente que a ração de ovos seja ministrada aos filhotes, até que eles já estejam bem fortes e sejam capazes de triturar alpiste por si mesmos. O alpiste pilado deve também ser dado aos filhotes, para aliviar o trabalho dos progenitores convindo, todavia, que seja afastado de tal ração o cânhamo, porquanto sua casca encerra substância venenosa que pode matar os pássaros novinhos. A água pura e fresca, os canários podem tomar em qualquer ocasião.

BANHOS - Normalmente, a maior parte dos pássaros toma banho todos os dias, pelo que se deve furtar aos passarinhos cativos a mesma oportunidade. Nas gaiolas abertas, usadas comumente para passarinhos de canto, para que eles se banhem à vontade retira-se o fundo das mesmas, colocando-as sobre uma vasilha que contenha água. Quando as gaiolas são abertas na frente e não possuam fundo móvel, costuma-se ajustar-lhes à porta aberta pequenas gaiolas-banheiros. Tais gaiolinhas, enquanto tenham apelas algumas polegadas de largura comportam sempre um prato para água. Muitos jamais viram banho e, mesmo que se lhes ofereça algum banho e, mesmo que lhes ofereça algum não sabem para que serve. Quase sempre o hábito de renovar-se a ração de alpiste e a água de beber, faz provocar nos pássaros engaiolados o desejo de tomar banho; não se lhes dando eles procurarão arranjar-se com a pouca da água que lhes puserem para beber. Quando algum passarinho teimar em não tomar banho, ponha-se no fundo do prato-banheiro alguma areia limpa e ele não resistirá mais. Após as abluções, escorre-se toda água, indo a areia, ainda dentro do prato, enxugar, a fim de servir para mais vezes. Durante a muda, o pássaro não deverá banhar-se mais que duas vezes na semana. A canária não poderá banhar-se desde o dia da eclosão dos ovos até que os filhotes tenham três ou quatro dias de idade.



Alguns dos tipos de canários de fantasia mais apreciados são o Belga (alto à esquerda) e o Escocês (alto à direita), ambos assumindo a miúde a posição característica que a gravura reproduz. O canário do chão, lado esquerdo, é o Encristado, que se distingue pelo lindo topete que se estende para baixo em torno da cabeça, abaixo da linha dos olhos. No chão também à direita vê-se o Frisado que é um pássaro grande com compridas pernas anelada, belíssimo canário e que no Brasil encontrou o maior número de apreciadores. O canário do poleiro central é o inglês Yoskshire, muito raro no nosso país. (Reproduzimos esta tricromia da revista Yankee "The Nat. Geo. Magazine" sendo aquarela original do pintor Allan Brooks).



A MUDA - Os canários renovam sua plumagem uma vez cada ano. Nos adultos, a muda começa desde março, sendo seus primeiros sinais a presença de alguma pena de asa ou de cauda, no fundo da gaiola. Essas penas grandes são derrubadas aos pares, de modo que uma de cada lado da asa, ou de cada lado da cauda, cai mais ou menos na mesma ocasião. Em circunstâncias ordinárias, nunca o canário ficará com as asas e o rabo despidos inteiramente de grandes penas. Também a plumagem do corpo vai sendo mudada a pouco e pouco, de modo que exceto a cabeça, não há normalmente partes grandes de corpo inteiramente desfeitas de penas, em qualquer época. Tratando-se de reprodutores de ambos os sexos, a muda geralmente vem logo depois passado o tempo de criação. Os filhotes mudam as penugens do corpo logo que deixam o ninho, mas conservam as primeiras penas do rabo e das asas ainda por um ano. Nos canários sadios, a muda completa pede cerca de dois meses. Muito embora seja a muda uma situação anormal, os canários não exigem geralmente cuidados especiais durante ela, atravessando-a em boas condições. Na época da muda, os canários ficam como que lerdos e estúpidos, convindo, por isso, não os perturbar. Os banhos se reduzem nessa ocasião a dois semanalmente, mas, caso eles não os procurem, não se deve molhá-los de modo algum. Será bom então adicionar ovo ou pão umedecido, à ração quotidiana, uma ou duas vezes por semana. Em vez de água pura, pode dar aos canários chá de açafrão bem fraco, podendo-se também juntar à ração de ovos uma pequena porção de enxofre, quando se tenha em mira o bonito colorido da plumagem durante a muda. Um pouquinho de linhaça misturada no alpiste dará às novas penas um brilho fulgurante, não conseguido por outros meios.

Quando a muda não vem no tempo habitual, pode-se provocá-la algumas vezes cobrindo a gaiola com um pano bem escuro e a colocando em local quente e abrigado, onde a avezinha não seja incomodada. Uma muda incompleta é sempre sintoma de idade avançada ou de prostração. Neste último caso, é possível melhorar a situação do pássaro, dando-lhe alimentos de assimilação fácil e carinhosa proteção na muda imediata. Uma mudança brusca de temperatura, ou um resfriamento súbito, pode retardar o andamento da muda e, possivelmente, causar sérias perturbações. Dando o pássaro sinais de estar sofrendo, será necessário colocá-lo incontinente em aposento quente e bem abrigado. Um pouco de açafrão e dez gotas de álcool, poderão prestar benefícios, quando adicionados à água de beber.



O Editor de CHA. e QUI. que é também um apaixonado apreciador de canários, conversa com seus mais recentes pupilos, três jovens exemplares de bela plumagem frisada.



CRIAÇÃO - Para canários, no Brasil, a época de reprodução começa propriamente a 15 de Julho. Há amadores que conservam os casais durante o ano inteiro: a prática aconselha porém, ter os sexos separados, exceto quando em reprodução. Quando vai se aproximando o tempo de procriação, os canários cantam vigorosamente, com gorjeios demorados e altos, e tornando-se impacientes, muito ativos. As canárias - até então indiferentes, respondem com umas chamadinhas altas, batem as asinhas e demonstram, por todos os modos seu interesse. Reúnem-se os casais sem ser preciso o aparecimento de tais indícios mas, geralmente, isso serve apenas para prolongar o tempo de procriação, não advindo daí nenhum resultado prático. Quando se fizer mister, o instinto de reprodução deve ser excitado pela junção de ovos e verdura à ração comum. Havendo oportunidade, os canários engaiolados são polígamos, pelo que muitos criadores colocam duas e até mesmo três canárias para um só companheiro. Outros, mais acertadamente, mantém seus canários aos pares, não só por ser mais fácil de lidar com eles, como ainda porque nascidos os filhotes, também os machos auxiliarão as canárias nos cuidados dos primeiros tempos. Quando houver bigamia, o canário deve ser posto em uma gaiola dividida por corrediças em três compartimentos. O macho fica no aposento do meio, indo uma canária para cada lado. Durante meio dia o sultão satisfará a uma das companheiras indo, na outra metade do dia, ficar com a outra. Com esta disposição, haverá em cada aposento a indispensável ração completa. Começando as canárias a incubar, o macho entra logo em disponibilidade. Para um casal somente, fabricam-se gaiolas, tendo uma divisão de arame corrediça. Colocam-se cada qual em seu compartimento, deixando-se que travem relações. O macho começará logo a dar de comer à canária, através das grades, isso ao cabo de um ou dois dias ou, talvez mesmo, à primeira vista. Observadas as boas relações, move-se a corrediça, ficando o casal à vontade.





Não só o canto e o colorido da plumagem fazem do canário um animalzinho querido na maioria dos lares. Ele tem também a sua utilidade, salvando a vida dos trabalhadores das minas de carvão de pedra, pois ao menor sinal de desprendimento de gazes venenosos o frágil canário desperta a atenção dos operários que se armam das máscaras de oxigênio.



Quando a gaiola não possui a divisão móvel, geralmente os dois se põem a escaramuçar, logo de começo, mas sem demora maior a canária cede. Depois de reunidos em casal, a fêmea começa a carregar peninhas no bico, ou a procurá-la no fundo da gaiola. Fornecendo-lhe algum material próprio, vê-se logo a fêmea pôr-se a arranjar afanosamente a futura cama da ninhada, isso por espaço de diversos dias. O material destinado à fabricação do ninho pode ser arranjado em uma gradezinha de arame, suspensa pelo lado de fora do viveiro, ou mesmo pelo lado interior. Esse material se constitui de palhinhas secas e delicadas, flocos de algodão, musgo seco, pedaços de crina, ou outra qualquer coisa delicada e fofa. Crinas compridas ou outro qualquer fio muito longo não são aconselháveis, porque podem embaraçar as patas das canárias e as dos filhotinhos. Tudo quanto for destinado à fabricação do ninho há de ser perfeitamente limpo e livre de poeira. Amadores há que preferem colocar nos viveiros ninhos já prontos; isto é de vantagem, pois se encontram fêmeas que não gostam de cumprir com o seu dever. Dos ninhos comprados feitos o melhor é o de barro porque, terminada a estação de cria, lavado rigorosamente, está sempre pronto para novas aplicações. Na falta dele, serve uma caixinha de madeira, tendo de profundidade uma polegada e um quarto, ou mesmo mais pouco. Toda a caixa destinada a servir de ninho deve ter um forro de feltro, o qual pode ser colado, para sua fixação. Terminada a época, basta lavar o ninho e já se terá desgrudado todo o feltro. Seja qual for o material dos ninhos, eles devem ficar suspensos à altura de uma polegada sobre o nível dos poleiros, evitando-se com isso que os canarinhos deixem as caminhas logo cedo. após uma semana até um M6es de casados, a canária botará o primeiro ovo, sendo que, em condições normais, ela o deposita ao cabo da segunda semana. O número de ovos varia entre três e seis, mas o comum são quatro ou cinco. Uma vez depostos, os ovos devem ser imediatamente recolhidos, o que se consegue com o auxílio de uma colher de chá, cuidadosamente, a fim de se não quebrar a delicada casca. Eles hão de ser guardados, envoltos em farelo, paina, ou outro qualquer material assim delicado, mas em local fresco. Não hão de ser tocados e nem devem esbarrar uns com outros. Na tarde do dia em que for deposto o terceiro ovo, todos eles devem voltar de novo para o ninho. A remoção dos ovos, para depois repô-los ao ninho, faz com que suspenda a incubação e o desenvolvimento nos primeiros a serem depostos, contribuindo para que o tempo de choco se dilate mais. É de 14 dias o período normal de incubação.

Algumas vezes a deposição do ovo se torna difícil podendo-se remover o mal pela seguinte forma. Besunta-se com óleo de mamona aquecido, à razão de duas gotas, a extremidade posterior do oviduto voltando, logo, a canária para a gaiola. Se ao cabo de meia hora o ovo não for expelido, será necessário manter a avezinha suspensa por alguns minutos sobre o vapor de água quente, mas tendo o orifício de saída voltado de maneira a perceber o vapor. Um bom método consiste em encher um jarro de pescoço estreito, ou mesmo uma garrafa, com água quente, cobrindo a boca do recipiente com qualquer pano bem ralo; sobre esse pano, mantém-se a canária, com todo o cuidado, por espaço de um ou dois minutos, para receber assim o jato de vapor. O ovo cairá, muitas vezes, logo em seguida, sobre o pano ou, o que é mais comum, tornada à gaiola, a canária o depositará pelos meios normais.




Que fisionomias sisudas! Toda a atenção é pouca: ai está um aspecto da assistência que vai julgar o canto dos canários submetidos a concurso num lugarejo do Norte da Alemanha. Esta fotografia esclarece bem o espero do julgamento naquelas paragens: Toda a acuidade é pouca! ...



Todo o viveiro de canários deve estar provido de areia limpa, convindo mudá-la, no mínimo, um dia sim, um dia não. Salvo esses cuidados indispensáveis e a provisão de alimentos, de água e as facilidades de banhos, será mínimo o trabalho dado pelos canários aos seus criadores.

Costumam alguns criadores, quando os filhotes têm oito dias de idade, remove-los para um novo ninho, quando o ninho primeiro estiver infestado de parasitas. Quando assim for, antes de passar as avezinhas de um ninho para outro, será indispensável o emprego de um inseticida, pulverizando sobre elas. Passados 20 a 30 dias da eclosão, os canarinhos abandonam o ninho. Deixa-se que eles acompanhem os progenitores, até que aprendam a comer sozinhos; a separação completa somente se efetuará quando eles já puderem quebrar alpiste, ou qualquer outro grão destinado ao seu sustento. É de bom aviso a continuação da ração de ovos por algum tempo,sendo a pouco e pouco diminuída, em sua quantidade, a ponto de ficarem os passarinhos habituados absolutamente à simples ração de alpiste, ou de outro grão que tal.

Muitas vezes os canários criam até três ninhadas por estação, e a fêmea pode estar pronta para procriar, estando seus filhotes já com três semanas de idade. Para se obter isso, basta apenas providenciar-se para o fornecimento de material do novo ninho; o resto irá por conta do casal.

Removidos os canários novos da companhia de seus progenitores, eles não hão de ficar em contato com outros mais velhos ou mais fortes, por algum espaço de tempo. No primeiro dia de separação, haverá muito cuidado com eles: se houver algum que não queira, ou não possa comer sozinho, dever-se-á logo passá-lo, outra vez, para a companhia dos pais. Se bem que grande parte das perdas de canários se dê justamente por esta ocasião, havendo cuidado na comida e na limpeza, os prejuízos se reduzirão ao mínimo.

*** Todos os dados constantes deste artigo foram resumidos da monografia editada pelo Ministério da Agricultura dos Estados Unidos da América do Norte e da autoria do Dr. Alexandre Wetmore, assistente biologista do Bureau of Biological Survey, do citado departamento, de Washington. Esta monografia é intitulada CANARIES: THEIR CARE AND MANAGEMENT.

Naturalmente foram introduzidas pelo editor no presente texto algumas modificações indispensáveis, sendo portanto os conselhos aqui exarados, completamente aplicáveis ao Brasil e às nossas condições especiais: haja vista a época da muda, da reprodução, a alimentação etc.

Aliás a presente colaboração é apenas um resumo de uma pequena parte da monografia norte-americana. Mas esta empresa já publicou estando agora na quinta edição, a tradução completa da monografia e mais alguns capítulos escritos por autores brasileiros competentes, constituindo todo este rico material o livrinho O CRIADOR DE CANÁRIOS que os interessados encontrarão à venda em todas as boas livrarias e casas de avicultura. Trata-se de um folheto de 32 páginas, belamente ilustradas e enfeixadas em lindíssima capa colorida.

© CHÁCARAS E QUINTAIS, 15 de março de 1939, Vol. 59, pág.357-363


Da Série: "Um Dia eu chego lá"

Tem coisa mais fofa que um canário fofo???





















Fonte:http://www.alssemaglosters.nl/

sábado, 26 de maio de 2007

Embalos de Sábado a Noite

Sábado a noite... musica eletrônica... a balada apenas começando... que tal convidar exóticos para dançar conosco no nosso canaril??? rsrsrsrsr


domingo, 20 de maio de 2007

E ainda acusam canaricultor de "mexer com a natureza"...

Aves adaptam o seu canto ao meio urbano.
As aves canoras modificam a sua forma de cantar quando habitam nas cidades, revela um estudo elaborado na Universidade de Leiden, Holanda.

Em comparação com os espécimes que vivem na floresta, as aves "citadinas" cantam temas mais curtos, acelerados e fazem-no numa frequência mais alta.

A rápida urbanização da paisagem e o subsequente aumento do ruído ambiente revelaram-se problemáticos para animais que usam o som como forma de comunicação. Isto é especialmente importante para os pássaros já que o ruído das grandes urbes pode sobrepôr-se à troca vital de informações que permite aos machos atrair as fêmeas.

Para além de utilizar um vasto espectro de frequências, podendo ajustar o seu canto ao ambiente circundante, o chapim real tem ainda a capacidade de "apanhar" novas canções dos "vizinhos" quando se muda para novas paragens.

Cantoria de Canário

Pessoal

Eu sempre vejo o pessoal associando canário a canto... sei lá... tem gente que acha que é o mais importante, mesmo quando sabe que temos 3 categorias de canários e uma só para canário de canto...

Eu confesso que não ligo muito... acho o canto bonito, melodioso, gosto de ouvir mas não é o que mais me atrai (isso é engraçado já que tenho um pé na música desde criança). Eu gosto mesmo é de OLHAR para eles.

Para brincar com essa situação e desejar um ótimo início de semana, eis aqui um canário azul (?) que canta MUUUIIIITOOOOO....rsrsrsrsr




Vocês repararam que ele tem um topetinho?? Antes que digam que é um Gloster eu afirmo que não há gloster feio, há maus criadores...rsrsr... Portanto só pode ser um topete alemão depois de uma farra no final de semana...

quinta-feira, 17 de maio de 2007

terça-feira, 15 de maio de 2007

Resposta ao Dr. Garcia

O Dr. Garcia no Portal dos Canários me colocou a seguinte questão:

"Esses dias ao navegar pelo forum fiquei pensando "nossa não tem mulheres criando canários", mas logo em seguida vi seu nome. Gostaria por curiosidade e se vc não se importar saber a sua história. Como nasceu, de onde veio esse seu prazer por criar canários?"


Então respondendo ao Dr. Garcia vamos por partes:

Parte 1:

Fui criadora de cães (pastores alemães negros, não belgas, alemães mesmo, só que totalmente negros). Mas cada filhotinho que saia aqui de casa eu ficava uma semana deprimida...rsrsr... mas eu adoro bicho, adoro criar bicho, adoro filhote de bicho... para mim é inevitável conviver com eles... um vício.

Parte 2:


Aí eu moro ao lado de um canaricultor, seu Jorge. Um sujeito 1.000%, gente boa, adepto de um bom dedo de prosa e orgulhoso de seus canários de cor... Um dia ele me deu um e por descuido do povo de casa ele acabou fugindo... Mas ele tinha um canário no seu canaril que me encatava, tinha um topetinho, era branquinho com manchas marrons (hoje sei que são melaninas) e ele me apresentou ao "carinha" dizendo ser um gloster e eu fiquei louca pelo bicho... insisti com ele MUITO para que ele me arranjasse um filhote desse topetinho mas o sujeito não estava muito afim de procriar...

Parte 3:


Enquanto eu fazia Bonsai eu coloquei de lado a vontade de ter aquele cabeludinho... Fiquei uns anos tentando me aprimorar na arte do Bonsai, mas me deparei com um problema... como melhorar se não tenho um sítio com terra para o que chamam "treinamento de bonsai no chão"... Um tanto desconsolada resolvi abandonar o Bonsai, mantendo só alguns mais prediletos... Então me lembrei do cabeludo com carinha de idiota...

Parte 4:

Passeando em uma exposição em minha cidade (Volta Redonda) vi o pessoal do Clube daqui (AICC) com seus canários, achei um verde opal mosaico lindo e como sou como a arca de noé e gosto de casais e filhotes, comprei um casalzinho: os chamamos Adão e Eva porque tinha certeza que seriam apenas os primeiros, sabia que o cabeludinho agora era uma questão de honra. Eu desejava cria-lo, desejava tê-lo e, acima de tudo, aquele pequenino poderia ser o meu Bonsai de Penas, pequeno, parrudinho, fofinho...

Parte 5:


Então vamos lá né? Sou professora, CDF, chata e aplicada...rsrsr... Quem era aquele cabeludinho? Como criar? Eu não tinha nenhumzinho mas estava catando informações onde pudesse encontrar. O povo aqui da AICC me deu o telefone de João Basile me informando que ele tinha gloster mas não era sua especialidade. Liguei para ele e me deparei com um "efeito colateral" da tal canaricultura: conhecer pessoas legais e gentis, ampliar seu círculo de amizades... Encomendei com ele dois casais e, ainda sem nenhum gloster fui ao Brasileiro e lá compramos alguns (eu e minha sócia, porque SIM! Eu envolvo o povo em minhas insanidades!!!!!rsrsrs) do Bissoli.

Parte 6:


OBA!!!! Agora nós temos gloster!!!! O cabeludinho estava agora povoando um quarto que tenho no quintal de casa... Mas sabe o mais engraçado dessa história?? Depois de ter meu "objeto de desejo" que eram os topetinhos acabei me apaixonando MESMO pelos gloster sem topete... vai entender... acho-os mais bonitos e intrigantes que os com topete... deve ser a cara de mau humor deles... sei lá....

ABRAÇO Dr. Garcia!!!!! Espero ter satisfeito sua curiosidade!!!!
(E se alguém quiser pode colocar um comentário que eu continuo a História..rsrs)

domingo, 13 de maio de 2007

Foto de Canários Amigos

Fotos das Matrizes 2007 do Amigo Joabes









quarta-feira, 9 de maio de 2007

PIRASSUNUNGA 2007

Sem dúvida Pirassununga é um dos melhores Campeonatos Abertos do país... Infelizmente não vou poder estar por lá mas tenho certeza que os amigos nos enviarão MUITAS fotos para eu poder mostrar para todo mundo aqui.

Ainda é tempo de se inscrever!!!
Dê uma olhadinha no que o amigo João Basile nos mandou.



PIRASSUNUNGA 2007
Inscrições
O término das inscrições será prorrogado até o próximo domingo dia 13
de maio de 2007 à meia-noite.
Pontuação
Devido à diversas consultas, esclareceremos a seguir o critério de
pontuação utilizado para canários campeões na modalidade individual.
Os individuais que forem considerados campeões, receberão um bônus
adicional de 8 (oito) pontos. Isto vale para o primeiro e segundo
colocados, os quais serão pontuados.
Desta forma o canário que for primeiro colocado considerado campeão,
terá 12 (doze) pontos pela colocação e 8 (oito) pontos de bônus por
ter sido campeão, totalizando 20 (vinte) pontos.
Analogamente, um canário que for segundo colocado considerado campeão,
terá 8 (oito) pontos pela colocação e 8 (oito) pontos de bônus por ter
sido campeão, totalizando 16 (dezesseis) pontos.

terça-feira, 8 de maio de 2007

RAÇA ESPANHOLA - CANÁRIO MINIATURA



Breve História

Como o nome indica, este canário é originário de Espanha, concretamente das regiões da Catalunha e Andaluzia. Já por volta do ano 1918 criavam-se os primeiros "Raças Espanholas" ou canários miniatura, uma pequena maravilha com penas, logicamente que os seus antepassados, foram os canários silvestres das Ilhas Canárias, Açores e Madeira.
A criação desta raça teve uma grande difusão, especialmente na região da Catalunha, nos anos 1928 a 1930, mas como conseqüência da Guerra Civil Espanhola, praticamente desapareceu. Para beneplácito dos amantes da canaricultura em especial de porte e desta raça, ela conseguiu sobreviver.
Desde 1976 tem participado em todos os Mundiais, cada vez com maior número e melhor qualidade, com a participação de vários países, incluindo Portugal, sendo que o domínio pertence à Espanha e Itália.

Descrição Técnica

Não se deve entender por canário miniatura, uma ave raquítica ou degenerada, mas ao contrário, devemos ter presente uma ave em perfeito estado de saúde, cheia de vitalidade, agilidade, harmonia proporcionada, que são algumas das suas características, onde sobressai a principal que é o seu tamanho pequeno.

Tamanho

A longitude, medida desde o vértice do bico, até a ponta extrema da cauda, deve ter como tamanho máximo 11,5cm, dimensões realmente difíceis de obter.
Alguns canaricultores, já fizeram hibridações com os "serezinos" ou chamarizes "serinus serinus", com o objetivo de obter uma ave menor. Com esta hibridação, dotam-se as aves com uma porção de genética, que proporciona a fixação de um tamanho menor, mas também, deixando dados negativos, que os isola completamente das características da “Raça Espanhola".

Dorso e Peito

Os ombros devem ser estreitos, devendo para tal constituir um prolongamento suave do pescoço, no encontro com o dorso.
O peito, deve ser estreito, fino e sem proeminências, sendo esta uma das características mais importantes, na hora de julgar uma boa ave.

Cabeça e Pescoço

A cabeça deve ser pequena e em forma de avelã, separada do corpo por um pescoço estreito, o qual facilitará o início de um dorso e peito lisos, sem redondezas.
A cauda, deve ser curta, proporcional ao corpo, fechada e acabando ligeiramente bifurcada semelhante ao rabo dos peixes.

Patas, Coxas e Bico

Um dos defeitos mais vulgares é a existência de patas excessivamente longas, com dedos grandes e grossos, e bicos desproporcionados. Talvez os motivos sejam, a dificuldade em reduzir as zonas córneas em relação à plumagem.
As coxas devem ser praticamente invisíveis, característica difícil de obter em aves de plumagem intensa. Os tarsos, devem ser curtos (14mm) e os dedos pequenos.
O bico deve ser pequeno, curto e cônico.

Plumagem e Cor

A plumagem deve ser sedosa, densa, lisa, brilhante, sem frisos, bem aderente ao corpo, sem que se notem fraldas de penas nas zonas depenadas.
Na cor, são admitidas todas, exceto a coloração artificial, Tradicionalmente a Raça Espanhola" era cor verde ou amarelo, existindo agora as cores cinzenta, branca dominante, Isabel, marfim, castanha, ágata e variegados. Existem atualmente, aves com qualidade em qualquer destes fatores. Para exposições, são preferíveis as aves de plumagem intensa, pelo menor tamanho que geralmente apresentam devido à plumagem, tendo maior facilidade em obter bons resultados face ao standard da raça.

Seleção de Reprodutores

A melhor seleção, está na escolha das aves menores, com as proporções adequadas.
É um fato, que as aves com o efetuar da segunda muda, adquirem um ligeiro aumento de tamanho, constituindo por essa razão um meio adequado de seleção dos reprodutores. Elegemos aqueles, que menor crescimento tiveram, para isso, devemos, sistematicamente, efetuar medições nas aves. A primeira medição deve ser feita, após a primeira muda, a segunda na altura do acasalamento e a terceira depois da segunda muda.
Os apontamentos de tais medições permitirão obtermos claramente, a evolução de cada ave, descartando de uma vez aquelas que têm tendência a crescer desmesuradamente, devemos ter sempre em atenção, que, na descendência é mais fácil reduzir o comprimento do que a estrutura óssea exagerada.

Reprodução

Como já foi referido, o ideal é termos um casal de boa qualidade, mas infelizmente ta coisa, muitas vezes não acontece, para tal temos de nos conformar com aves de menor qualidade e assim irmos selecionando as melhores, e algumas vezes se for necessário, com recurso à consangüinidade, com o intuito de irmos fixando os caracteres mais importantes, das distintas aves.
Uma vez obtida uma seleção de aves de qualidade idêntica, entramos no sistema dos acasalamentos. A regra básica a ter em consideração, é a da compensação de caracteres dos pais, porque uma inconformidade especifica, numa ave, deve ser compensada com outra ave, devidamente em conformidade.
É pratica comum, considera-se que os acasalamentos da "Raça Espanhola" devem ser feitos com aves de plumagens intensas, isto não é correto, porque, é importante termos no nosso canaril alguns nevados de plumagem, e inclusive mosaicos, com o intuito de compensar as inconformidades de aves provenientes de acasalamento entre intensivos.

Alimentação


A alimentação na "Raça Espanhola" é das coisas mais importantes.
Se queremos obter aves de pequeno tamanho, a sua alimentação não pode ter o mesmo valor energético, vitaminado e protéico, dos outros canários de porte, os chamados de grande porte, casos do Yorkshire, Lancashire, Norwich, Border, Crest, Parisience, Gigante Italiano, etc..
Uma alimentação forte não ajuda em nada o standard da raça, ao nosso canário miniatura logicamente não vamos dar uma dieta rigorosa, mas sim básica e ajustada a esta raça.
Por exemplo, pode-se usar uma mistura de sementes nas seguintes proporções: alpiste 75%, perila 20%, nabão 5% em época de criação; durante a muda, alpiste 65%, perila 25%, nabão 5% e linhaça 5% no período de repouso alpiste 75% e perila 25%.
Quanto a farinhadas é aconselhável o uso daquelas com pouca proteína ou o uso muito moderado das comuns.
Victor M. R. Couto

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Artigo: Selecionando seus Gloster... tá na hora povo!!!

SELECIONANDO SEUS GLOSTER
ROBERTO LA ROCHELLE. 2006. DISPONÍVEL EM . ACESSO EM NOVEMBRO 2006. TRADUÇÃO LIVRE: FLÁVIA LAGES

Esta é uma época do ano para pensar na seleção dos pássaros que serão guardados para a cruza do próximo ano. Estas são as decisões mais críticas que se tem que tomar para melhorar a criação. Mesmo que o êxito seja, às vezes, uma questão de sorte há regras básicas que devem ser seguidas para que a vitória seja alcançada.

1. Regras Gerais

1.1. Nunca tomar uma decisão antes da muda total do pássaro. Alguns pássaros que muito prometem podem se tornar uma decepção depois da muda e outros florescerão como um a flor gerando grande surpresa. Dispor de um gloster jovem antes que acabe a muda será um erro, não importa o que aparente quando filhote.
1.2. Nunca parta do pressuposto que um pássaro premiado produzirá bons filhotes. A maquiagem genética de um pássaro é muito complexa e alguns campeões nunca produziram um pássaro de concurso em sua vida. Com a linhagem de criação, limitando o número de genes, melhoram-se as chances de ter os melhores pássaros produzindo os melhores filhotes.
1.3. A seleção visual é tão importante quanto à linhagem. Ao ter que eleger entre pássaros similares, busque saber a linhagem e escolha o pássaro com os melhores antepassados. Nunca guarde um pássaro de má qualidade por causa de sua linhagem. Por outro lado, nunca escolha um pássaro baseado somente em seu aspecto. Há que se fazer um balanço entre aspecto e linhagem.
1.4. Os pés e as pernas são um bom indicador da qualidade do Gloster. Os pássaros com os pés e as pernas grandes são um problema. Melhor concentrar-se em pássaros com os pés pequenos e as pernas curtas.
1.5. Os pássaros com quistos são um pesadelo para um criador de Gloster. Os quistos são hereditários ou pelo menos a incapacidade para que um pássaro mude de forma sadia. Os pássaros velhos com problemas de saúde podem desenvolver quistos. Os pássaros saudáveis, menores de quatro anos não devem ter quistos. Creio que isso de usar pássaros amarelos (intensos, com penas duras) nem sempre soluciona o problema. Em algumas linhagens, quando o problema é recorrente, inclusive os pássaros intensos desenvolvem os quistos. Se está selecionada e acasalada corretamente, nevados e nevados produzirão pássaros livres de quistos.
1.6. O brilho da cor não é necessariamente um indicador de boa qualidade da pena. É um indicador da pigmentação. A maioria das pessoas tende a confundir os diversos resultados e os mistura em uma regra geral. A genética não é assim tão simples.

2. Que machos guardar

2.1. Os machos férteis podem ser utilizados, geralmente, por cinco anos, desde que produzam a qualidade que se necessita. Os machos que são bons alimentadores são inestimáveis. Pense sempre duas vezes antes de dispor de um macho fértil e são.
2.2. Os machos que não fertilizam ovos podem ser tentados outro ano com uma fêmea que já deu filhotes. Se cruza-se um macho presumivelmente estéril com uma fêmea que nunca deu filhote, você não estará ajudando a sua situação. Utilize sua melhor fêmea de criação para provar o macho. Se, pelo segundo ano, entretanto ele ainda não reproduz, livre-se dele. Mesmo que se possa tentar um terceiro ano, você estará criando uma situação que poderá arruinar boas fêmeas outra vez.
2.3. A idéia de cruzar o melhor macho do criadouro com tantas fêmeas quanto possíveis tem um impacto negativo. A maioria da descendência estará muito ligada entre si e em um abrir e fechar de olhos você estará buscando um outcross. Assegure-se que você mantém os irmãos e os primos de seus melhores pássaros desse macho. Você pode usá-los para diversificação de sua base genética sem mudar a linhagem muito drasticamente. E pode se surpreender ao descobrir que o pássaro do macho está produzindo seus melhores filhotes. A maior parte do tempo os irmãos ou as irmãs de campeões são sua maior aposta, não importa se não pareçam.
2.4. Os machos que são agressivos na gaiola de filhote são um desgosto. Si for possível livre-se deles. O caráter, como todo o resto, é hereditário. Tente utilizar os machos bondosos que são de alguma ajuda na gaiola de criação.
2.5. Os machos de gloster que parecem fêmeas são teu melhor ativo. Serão, geralmente, de tipo excepcional e menores que a maioria dos machos. Pode-se basear uma criação inteira em tais machos, suas filhas serão extremamente difíceis de se bater em concurso. É habitual ter-se machos grandes que mostram muito tipo, mas isto limitará suas fêmeas de concurso. Se você não é cuidadoso cedo ou tarde suas fêmeas estarão maiores e aí será muito tarde para corrigir a situação. Seja crítico com o tamanho de teus machos, isto dará a teu criadouro um maior controle e permitirá que sejam demonstrados teus melhores machos sem penalização.
2.6. Assegure-se que os machos mostrem a cor mais intensa. Em geral, as fêmeas mostram cor mais apagada. Se teus varões não são bem coloridos, as filhas deles serão muito desbotadas. Você não deseja acabar com um criadouro inteiro de pássaros eliminados. É muito difícil conseguir boa cor sobre toda a pena e as vezes você terá que escolher entre o tipo e a cor.

3. Que fêmeas quardar


3.1. As fêmeas férteis podem ser utilizadas, facilmente, por quatro anos, desde que produzam a qualidade que você necessita. O êxito do criadouro se baseia na capacidade de criação de suas fêmeas. Como o standard do Gloster se baseia em pássaros pequenos, não há razão para não ter fêmeas de boa reprodução. Se você utiliza fêmea com grandes topetes, pode-se recortar o topete antes do período de cria e ele crescerá na próxima muda e fazendo isso você dará a sua fêmea uma ocasião de cuidar de sua família como as canárias “normais”. Assegure-se de cortar o topete um mês antes de criar para dar à fêmea uma possibilidade de acostumar-se a ver o mundo em que ela vive.
3.2. A capacidade de criação de herda. Sempre considere as filhas de suas fêmeas que são boas criadeiras primeiro, desde que exibam o tipo que necessita. Uma fêmea de qualidade média mas de bons hábitos de criação sempre será superior a uma fêmea de qualidade superior improdutiva. Recorde que se você tem uma linhagem de criação, suas fêmeas podem produzir campeões desde que você não ponha todos os ovos na mesma cesta centrando-se em sua melhor fêmea. Assegure-se de ficar com as fêmeas que criam bem, mas que estão relacionadas com o seu melhor pássaro. As possibilidades de que saia um campeão virá de uma delas.
3.3. Se você utiliza fêmeas grandes na criação condena sua criação. Seus filhos serão inclusive maiores e você estará no caminho do fracasso. As fêmeas pequenas são as que melhor resultado de darão.
3.4. As fêmeas devem ter muito tipo. A maioria dos machos será maior e mais finos que a fêmea. Se você fica com as fêmeas magras e largas, seus filhos não exibirão o standard desejado e destruirão, provavelmente, a qualidade de qualquer fêmea que você tente utilizar para melhorar. As fêmeas com bom tipo podem ter machos que se parecem com elas e assim você melhora.

4. Que coronas guardar


4.1. O Corona é provavelmente o canário de tipo mais difícil de se produzir e a maioria das pessoas não têm muitos pássaros de qualidade superior para escolher. O criador experimentado sabe que muitos compromissos devem ser feitos para se produzir um bom Corona.
4.2. É habitual encontrar o melhor topete em pássaros mais alongados. A pluma mais longa permite um topete mais cheio e de textura mais suave. Se você faz uma seleção unicamente sobre os topetes mais impressionantes, você acabará com um criadouro inteiro de pássaros compridos. Tenha sempre presente que você deve sempre terminar com um pássaro de concurso que exiba um bom tipo de corpo.
4.3. Nunca guarde um pássaro com o topete defeituoso (partido, torto, descentralizado, esquisito etc) . Trate de limitar sua seleção a pássaros que mostrem um topete redondo, com um centro bem definido. A parte mais difícil para a produção é a frontal. Aí precisa-se de abundância de penas. Os pássaros que tem poucas plumas na parte frontal do topete nunca farão pássaros de reserva bons. Você pode tolerar outros defeitos desde que o pássaro tenha a parte frontal do topete boa.
4.4. Os “chifrinhos” são a queixa mais freqüente em Coronas. As penas ao redor dos olhos tem a tendência de crescer em direção oposta ao normal, e os pássaros com cristas excepcionais exibem, comumente, os “chifrinhos” . Não seja enganado pelos “pseudo-especialistas, muitos dos melhores pássaros são “ajeitados” pouco antes do concurso. Trate de fazer com que o defeito seja eliminado, mas um pássaro excepcional nunca deveria ser descartado baseado em um critério só, ainda que este defeito não seja um problema congênito.
4.5. Tente permanecer longe de pássaros com coronas muito pequenas. Um bom gloster é um pássaro equilibrado, com o topete proporcional com o resto do corpo. Seria preferível ter um pássaro com um grande topete/ cabeça para alcançar futuros objetivos.
4.6. Isto leva anos, às vezes décadas... criar bons topetes. Se você tem bons topetes assegure-se de mantê-los cruzando-os com pássaros de qualidade. Se não tem bons topetes, saia e consiga alguns. Não aparecerá magicamente. Você não viverá tempo bastante para repetir o trabalho de gerações de criadores especialistas.

5. Que consortes guardar

5.1. Se a sua meta é exibir e ganhar com consortes, então deve centrar-se em consortes. Ainda que seja demonstrado que os consortes não necessitam das “frentes pesadas” que vimos no passado, você tem que, entretanto, concentrar-se naquela cabeça valente para atrair a atenção do juiz. Digam o que disser sua teoria deve ser: ao final os juízes têm a última palavra.
5.2. A criação de consortes não tem as complexidades genéticas dos corona, é muito mais simples. Sem dúvida é só manter em mente o ideal de consorte.
5.3. Os consorte de concurso mais perfeitos são, em geral, os pássaros maiores, o que só confirma sua incompatibilidade com seus companheiros corona. O consorte pequeno, com a plumagem muito apertada raras vezes é do gosto do juiz.
5.4. Não há nada de mal em se usar um corona ara produzir consortes, é isso que faz a maioria das pessoas. Mas assegure-se que o corona usado seja de uma boa linha de consortes. Como é muito difícil avaliar o impacto de uma corona na cabeça de um consorte, você deve confiar nos parentes próximos do corona como indicador.
5.5. Haverá sempre exceções a uma regra, mas na maioria dos casos algumas famílias produzem consortes melhores e outra produzem coronas melhores. Isto é verdade dentro de uma mesma linhagem. Os criadores de gloster devem estar atentos a esta realidade para que possamos entender e utiliza-la de maneira vantajosa.
5.6. Se seu objetivo é produzir a melhor corona possível, então as regras são invertidas, por exemplo, você deve usar os consortes mais estritamente relacionados com seu melhor corona. A maior parte desses consortes nunca valerá para concurso. Mas, se você deseja acertar deve aprender esta técnica, porque de outra maneira, não importa quantos bons coronas produza, sistematicamente os destruirá usando seus “melhores” consortes.
5.7. Utilize sempre os consortes que são os que mais próximos se relacionam com seus melhores coronas. É importante, inclusive, não avaliar as qualidades principais nestes consortes, já que não é este seu propósito.


6. Conclusão

Já que a dificuldade de produzir o topete perfeito te força a comprometer-se, selecionando seus coronas, você deve ser muito crítico com a forma do corpo do consorte, porque eles poderiam ser mal usados para compensar as debilidades de seu corona.
Quer dizer, posto que possa conseguir somente bons topetes dos coronas, pode ter que tolerar outras falhas, mas essas falhas não devem ser encontradas em seus consortes.
As regras acima indicadas podem parecer muito óbvias, mas tratando de aplicar todas ao mesmo tempo, fazendo sua seleção, isto pode ser um exercício interessante.

Roberto La Rochelle, 2006.


Traduzido por mim mesma... espero que não tenha feito muita besteira...rsrsrs
Gostou?? Comente!!! Critique!!!

Declaração Universal do Direito dos Animais

DIREITOS DOS ANIMAIS

PREÂMBULO:
Considerando que todo o animal possui direitos;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo destes direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza;
Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo;
Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros;
Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;
Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais;

PROCLAMA-SE O SEGUINTE: ·
Artigo 1º
Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Artigo 2º
1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais.
3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.

Artigo 3º
1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a actos cruéis.
2. Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

Artigo 4º
1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
2. Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.

Artigo 5º
1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
2. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.

Artigo 6º
1. Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
2. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

Artigo 7º
· Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

Artigo 8º
1. A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
2. As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

Artigo 9º
· Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

Artigo 10º
1. Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
2. As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

Artigo 11º
· Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.

Artigo 12º
1. Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.
2. A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Artigo 13º
1. O animal morto deve de ser tratado com respeito.
2. As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.

Artigo 14º
1. Os organismos de protecção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.
2. Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.

(*) A Declaração Universal dos Direitos do Animal foi proclamada na UNESCO em 15 de Outubro de 1978

domingo, 6 de maio de 2007

Da Série... Um Dia eu Chego Lá!!!!

























Um é branco, o outro também, o terceiro não deixa a desejar: é branco!

As vezes é difícil pensar em muitos brancos... parece propaganda de sabão em pó... "porque o sabão tal lava mais branco" ...rsrsrsrsrsrs
Mas há brancoS entre os canários de cor...
Para os inciantes observarem...



BRANCO RECESSIVO




BRANCO DOMINANTE



Observe que tem uns "amarelinhos" na asa...

ALBINO



Observe o olhinho vermelhinho dele...

Mosaicos...Simplesmente Mosaicos...

AMARELO MOSAICO

VERMELHO MOSAICO

Bom Domingo!!!

Não tem nada haver com canário mas é só pra desejar um ótimo domingo para vocês!!!!!!!!


sábado, 5 de maio de 2007

Observem essa reportagem...

"Policiais militares da Companhia Independente de Policiamento de Meio Ambiente (Cipoma) desbarataram, nesta quinta-feira, uma rinha de canários que funcionava na cidade de Carpina, na Zona da Mata Norte. Vinte e cinco pessoas foram detidas 106 pássaros foram apreendidos. Entre os acusados de criar animal silvestre sem permissão do Ibama e de maus-tratos, está um procurador do estado.

A rinha funcionava na Rua Joaquim Francisco, no bairro do Cajá.
Segundo o tenente Sérgio Sousa, que comandou a operação Carcará, há um mês a rinha vinha sendo investigada pelo serviço de inteligência do Cipoma. “A rinha funcionava na manhã de todas as quintas-feiras. Os apostadores traziam seus próprios pássaros para brigar com os canários do proprietário da casa”, explicou. Algumas das aves, segundo o tenente, apresentavam ferimentos nas cabeças. No local, ainda foram apreendidos quatro galos-de-campina e um azulão.

Todos os detidos serão liberados e vão responder a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), que está sendo lavrado na delegacia da cidade. No máximo, vão responder a uma pena alternativa ou pagar multa determinada pelo Ibama, apesar de responderem a dois crimes.

Já aves serão levadas ao Ibama para passar por um período de readaptação para deixarem de ser agressivas. “Alguns pássaros eram treinados para isso”, explicou o tenente Sérgio Sousa. Depois de voltarem a apresentar o comportamento normal da espécie, serão liberados em seu habitat natural.

Da Redação do PERNAMBUCO.COM"






Pergunto... os caras têm mãe? A mãe desses indivíduos estaria em lugar inapropriado? Tudo bem que canário da terra nem canário é, mas inflingir dor a bichinhos porque???? FALA SÉRIO (para não usar palavra de baixo calão) !!!! Dor? Sofrimento? Porque não apostam nos indivíduos que se debruçam sobre outros indivíduos com shortinhos escritos "bad boy"? Esses pelo menos têm como exprimir suas vontades!!!

Fotinhas dos nossos bichinhos

Gloster 2007

Vídeos

Estamos fazendo uma migração... lentamente colocaremos as coisas do outro BLOG por aqui...
Começaremos pelos vídeos que é o que o povo gosta...

ABERTO DE CAÇAPAVA - 2007



FOTOS E NOMES DE CANÁRIOS DE PORTE
(Fotos: Manual de Canários de Porte FOB)




ANIMAIS SILVESTRES, EXÓTICOS E DOMÉSTICOS

Passei no blog só para dizer bom sábado povo!!!!!

Procura alguma coisa?

Google