segunda-feira, 7 de maio de 2007

Artigo: Selecionando seus Gloster... tá na hora povo!!!

SELECIONANDO SEUS GLOSTER
ROBERTO LA ROCHELLE. 2006. DISPONÍVEL EM . ACESSO EM NOVEMBRO 2006. TRADUÇÃO LIVRE: FLÁVIA LAGES

Esta é uma época do ano para pensar na seleção dos pássaros que serão guardados para a cruza do próximo ano. Estas são as decisões mais críticas que se tem que tomar para melhorar a criação. Mesmo que o êxito seja, às vezes, uma questão de sorte há regras básicas que devem ser seguidas para que a vitória seja alcançada.

1. Regras Gerais

1.1. Nunca tomar uma decisão antes da muda total do pássaro. Alguns pássaros que muito prometem podem se tornar uma decepção depois da muda e outros florescerão como um a flor gerando grande surpresa. Dispor de um gloster jovem antes que acabe a muda será um erro, não importa o que aparente quando filhote.
1.2. Nunca parta do pressuposto que um pássaro premiado produzirá bons filhotes. A maquiagem genética de um pássaro é muito complexa e alguns campeões nunca produziram um pássaro de concurso em sua vida. Com a linhagem de criação, limitando o número de genes, melhoram-se as chances de ter os melhores pássaros produzindo os melhores filhotes.
1.3. A seleção visual é tão importante quanto à linhagem. Ao ter que eleger entre pássaros similares, busque saber a linhagem e escolha o pássaro com os melhores antepassados. Nunca guarde um pássaro de má qualidade por causa de sua linhagem. Por outro lado, nunca escolha um pássaro baseado somente em seu aspecto. Há que se fazer um balanço entre aspecto e linhagem.
1.4. Os pés e as pernas são um bom indicador da qualidade do Gloster. Os pássaros com os pés e as pernas grandes são um problema. Melhor concentrar-se em pássaros com os pés pequenos e as pernas curtas.
1.5. Os pássaros com quistos são um pesadelo para um criador de Gloster. Os quistos são hereditários ou pelo menos a incapacidade para que um pássaro mude de forma sadia. Os pássaros velhos com problemas de saúde podem desenvolver quistos. Os pássaros saudáveis, menores de quatro anos não devem ter quistos. Creio que isso de usar pássaros amarelos (intensos, com penas duras) nem sempre soluciona o problema. Em algumas linhagens, quando o problema é recorrente, inclusive os pássaros intensos desenvolvem os quistos. Se está selecionada e acasalada corretamente, nevados e nevados produzirão pássaros livres de quistos.
1.6. O brilho da cor não é necessariamente um indicador de boa qualidade da pena. É um indicador da pigmentação. A maioria das pessoas tende a confundir os diversos resultados e os mistura em uma regra geral. A genética não é assim tão simples.

2. Que machos guardar

2.1. Os machos férteis podem ser utilizados, geralmente, por cinco anos, desde que produzam a qualidade que se necessita. Os machos que são bons alimentadores são inestimáveis. Pense sempre duas vezes antes de dispor de um macho fértil e são.
2.2. Os machos que não fertilizam ovos podem ser tentados outro ano com uma fêmea que já deu filhotes. Se cruza-se um macho presumivelmente estéril com uma fêmea que nunca deu filhote, você não estará ajudando a sua situação. Utilize sua melhor fêmea de criação para provar o macho. Se, pelo segundo ano, entretanto ele ainda não reproduz, livre-se dele. Mesmo que se possa tentar um terceiro ano, você estará criando uma situação que poderá arruinar boas fêmeas outra vez.
2.3. A idéia de cruzar o melhor macho do criadouro com tantas fêmeas quanto possíveis tem um impacto negativo. A maioria da descendência estará muito ligada entre si e em um abrir e fechar de olhos você estará buscando um outcross. Assegure-se que você mantém os irmãos e os primos de seus melhores pássaros desse macho. Você pode usá-los para diversificação de sua base genética sem mudar a linhagem muito drasticamente. E pode se surpreender ao descobrir que o pássaro do macho está produzindo seus melhores filhotes. A maior parte do tempo os irmãos ou as irmãs de campeões são sua maior aposta, não importa se não pareçam.
2.4. Os machos que são agressivos na gaiola de filhote são um desgosto. Si for possível livre-se deles. O caráter, como todo o resto, é hereditário. Tente utilizar os machos bondosos que são de alguma ajuda na gaiola de criação.
2.5. Os machos de gloster que parecem fêmeas são teu melhor ativo. Serão, geralmente, de tipo excepcional e menores que a maioria dos machos. Pode-se basear uma criação inteira em tais machos, suas filhas serão extremamente difíceis de se bater em concurso. É habitual ter-se machos grandes que mostram muito tipo, mas isto limitará suas fêmeas de concurso. Se você não é cuidadoso cedo ou tarde suas fêmeas estarão maiores e aí será muito tarde para corrigir a situação. Seja crítico com o tamanho de teus machos, isto dará a teu criadouro um maior controle e permitirá que sejam demonstrados teus melhores machos sem penalização.
2.6. Assegure-se que os machos mostrem a cor mais intensa. Em geral, as fêmeas mostram cor mais apagada. Se teus varões não são bem coloridos, as filhas deles serão muito desbotadas. Você não deseja acabar com um criadouro inteiro de pássaros eliminados. É muito difícil conseguir boa cor sobre toda a pena e as vezes você terá que escolher entre o tipo e a cor.

3. Que fêmeas quardar


3.1. As fêmeas férteis podem ser utilizadas, facilmente, por quatro anos, desde que produzam a qualidade que você necessita. O êxito do criadouro se baseia na capacidade de criação de suas fêmeas. Como o standard do Gloster se baseia em pássaros pequenos, não há razão para não ter fêmeas de boa reprodução. Se você utiliza fêmea com grandes topetes, pode-se recortar o topete antes do período de cria e ele crescerá na próxima muda e fazendo isso você dará a sua fêmea uma ocasião de cuidar de sua família como as canárias “normais”. Assegure-se de cortar o topete um mês antes de criar para dar à fêmea uma possibilidade de acostumar-se a ver o mundo em que ela vive.
3.2. A capacidade de criação de herda. Sempre considere as filhas de suas fêmeas que são boas criadeiras primeiro, desde que exibam o tipo que necessita. Uma fêmea de qualidade média mas de bons hábitos de criação sempre será superior a uma fêmea de qualidade superior improdutiva. Recorde que se você tem uma linhagem de criação, suas fêmeas podem produzir campeões desde que você não ponha todos os ovos na mesma cesta centrando-se em sua melhor fêmea. Assegure-se de ficar com as fêmeas que criam bem, mas que estão relacionadas com o seu melhor pássaro. As possibilidades de que saia um campeão virá de uma delas.
3.3. Se você utiliza fêmeas grandes na criação condena sua criação. Seus filhos serão inclusive maiores e você estará no caminho do fracasso. As fêmeas pequenas são as que melhor resultado de darão.
3.4. As fêmeas devem ter muito tipo. A maioria dos machos será maior e mais finos que a fêmea. Se você fica com as fêmeas magras e largas, seus filhos não exibirão o standard desejado e destruirão, provavelmente, a qualidade de qualquer fêmea que você tente utilizar para melhorar. As fêmeas com bom tipo podem ter machos que se parecem com elas e assim você melhora.

4. Que coronas guardar


4.1. O Corona é provavelmente o canário de tipo mais difícil de se produzir e a maioria das pessoas não têm muitos pássaros de qualidade superior para escolher. O criador experimentado sabe que muitos compromissos devem ser feitos para se produzir um bom Corona.
4.2. É habitual encontrar o melhor topete em pássaros mais alongados. A pluma mais longa permite um topete mais cheio e de textura mais suave. Se você faz uma seleção unicamente sobre os topetes mais impressionantes, você acabará com um criadouro inteiro de pássaros compridos. Tenha sempre presente que você deve sempre terminar com um pássaro de concurso que exiba um bom tipo de corpo.
4.3. Nunca guarde um pássaro com o topete defeituoso (partido, torto, descentralizado, esquisito etc) . Trate de limitar sua seleção a pássaros que mostrem um topete redondo, com um centro bem definido. A parte mais difícil para a produção é a frontal. Aí precisa-se de abundância de penas. Os pássaros que tem poucas plumas na parte frontal do topete nunca farão pássaros de reserva bons. Você pode tolerar outros defeitos desde que o pássaro tenha a parte frontal do topete boa.
4.4. Os “chifrinhos” são a queixa mais freqüente em Coronas. As penas ao redor dos olhos tem a tendência de crescer em direção oposta ao normal, e os pássaros com cristas excepcionais exibem, comumente, os “chifrinhos” . Não seja enganado pelos “pseudo-especialistas, muitos dos melhores pássaros são “ajeitados” pouco antes do concurso. Trate de fazer com que o defeito seja eliminado, mas um pássaro excepcional nunca deveria ser descartado baseado em um critério só, ainda que este defeito não seja um problema congênito.
4.5. Tente permanecer longe de pássaros com coronas muito pequenas. Um bom gloster é um pássaro equilibrado, com o topete proporcional com o resto do corpo. Seria preferível ter um pássaro com um grande topete/ cabeça para alcançar futuros objetivos.
4.6. Isto leva anos, às vezes décadas... criar bons topetes. Se você tem bons topetes assegure-se de mantê-los cruzando-os com pássaros de qualidade. Se não tem bons topetes, saia e consiga alguns. Não aparecerá magicamente. Você não viverá tempo bastante para repetir o trabalho de gerações de criadores especialistas.

5. Que consortes guardar

5.1. Se a sua meta é exibir e ganhar com consortes, então deve centrar-se em consortes. Ainda que seja demonstrado que os consortes não necessitam das “frentes pesadas” que vimos no passado, você tem que, entretanto, concentrar-se naquela cabeça valente para atrair a atenção do juiz. Digam o que disser sua teoria deve ser: ao final os juízes têm a última palavra.
5.2. A criação de consortes não tem as complexidades genéticas dos corona, é muito mais simples. Sem dúvida é só manter em mente o ideal de consorte.
5.3. Os consorte de concurso mais perfeitos são, em geral, os pássaros maiores, o que só confirma sua incompatibilidade com seus companheiros corona. O consorte pequeno, com a plumagem muito apertada raras vezes é do gosto do juiz.
5.4. Não há nada de mal em se usar um corona ara produzir consortes, é isso que faz a maioria das pessoas. Mas assegure-se que o corona usado seja de uma boa linha de consortes. Como é muito difícil avaliar o impacto de uma corona na cabeça de um consorte, você deve confiar nos parentes próximos do corona como indicador.
5.5. Haverá sempre exceções a uma regra, mas na maioria dos casos algumas famílias produzem consortes melhores e outra produzem coronas melhores. Isto é verdade dentro de uma mesma linhagem. Os criadores de gloster devem estar atentos a esta realidade para que possamos entender e utiliza-la de maneira vantajosa.
5.6. Se seu objetivo é produzir a melhor corona possível, então as regras são invertidas, por exemplo, você deve usar os consortes mais estritamente relacionados com seu melhor corona. A maior parte desses consortes nunca valerá para concurso. Mas, se você deseja acertar deve aprender esta técnica, porque de outra maneira, não importa quantos bons coronas produza, sistematicamente os destruirá usando seus “melhores” consortes.
5.7. Utilize sempre os consortes que são os que mais próximos se relacionam com seus melhores coronas. É importante, inclusive, não avaliar as qualidades principais nestes consortes, já que não é este seu propósito.


6. Conclusão

Já que a dificuldade de produzir o topete perfeito te força a comprometer-se, selecionando seus coronas, você deve ser muito crítico com a forma do corpo do consorte, porque eles poderiam ser mal usados para compensar as debilidades de seu corona.
Quer dizer, posto que possa conseguir somente bons topetes dos coronas, pode ter que tolerar outras falhas, mas essas falhas não devem ser encontradas em seus consortes.
As regras acima indicadas podem parecer muito óbvias, mas tratando de aplicar todas ao mesmo tempo, fazendo sua seleção, isto pode ser um exercício interessante.

Roberto La Rochelle, 2006.


Traduzido por mim mesma... espero que não tenha feito muita besteira...rsrsrs
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Declaração Universal do Direito dos Animais

DIREITOS DOS ANIMAIS

PREÂMBULO:
Considerando que todo o animal possui direitos;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo destes direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza;
Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo;
Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros;
Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;
Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais;

PROCLAMA-SE O SEGUINTE: ·
Artigo 1º
Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Artigo 2º
1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais.
3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.

Artigo 3º
1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a actos cruéis.
2. Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

Artigo 4º
1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
2. Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.

Artigo 5º
1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
2. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.

Artigo 6º
1. Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
2. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

Artigo 7º
· Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

Artigo 8º
1. A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
2. As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

Artigo 9º
· Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

Artigo 10º
1. Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
2. As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

Artigo 11º
· Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.

Artigo 12º
1. Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.
2. A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Artigo 13º
1. O animal morto deve de ser tratado com respeito.
2. As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.

Artigo 14º
1. Os organismos de protecção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.
2. Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.

(*) A Declaração Universal dos Direitos do Animal foi proclamada na UNESCO em 15 de Outubro de 1978

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