terça-feira, 15 de maio de 2007

Resposta ao Dr. Garcia

O Dr. Garcia no Portal dos Canários me colocou a seguinte questão:

"Esses dias ao navegar pelo forum fiquei pensando "nossa não tem mulheres criando canários", mas logo em seguida vi seu nome. Gostaria por curiosidade e se vc não se importar saber a sua história. Como nasceu, de onde veio esse seu prazer por criar canários?"


Então respondendo ao Dr. Garcia vamos por partes:

Parte 1:

Fui criadora de cães (pastores alemães negros, não belgas, alemães mesmo, só que totalmente negros). Mas cada filhotinho que saia aqui de casa eu ficava uma semana deprimida...rsrsr... mas eu adoro bicho, adoro criar bicho, adoro filhote de bicho... para mim é inevitável conviver com eles... um vício.

Parte 2:


Aí eu moro ao lado de um canaricultor, seu Jorge. Um sujeito 1.000%, gente boa, adepto de um bom dedo de prosa e orgulhoso de seus canários de cor... Um dia ele me deu um e por descuido do povo de casa ele acabou fugindo... Mas ele tinha um canário no seu canaril que me encatava, tinha um topetinho, era branquinho com manchas marrons (hoje sei que são melaninas) e ele me apresentou ao "carinha" dizendo ser um gloster e eu fiquei louca pelo bicho... insisti com ele MUITO para que ele me arranjasse um filhote desse topetinho mas o sujeito não estava muito afim de procriar...

Parte 3:


Enquanto eu fazia Bonsai eu coloquei de lado a vontade de ter aquele cabeludinho... Fiquei uns anos tentando me aprimorar na arte do Bonsai, mas me deparei com um problema... como melhorar se não tenho um sítio com terra para o que chamam "treinamento de bonsai no chão"... Um tanto desconsolada resolvi abandonar o Bonsai, mantendo só alguns mais prediletos... Então me lembrei do cabeludo com carinha de idiota...

Parte 4:

Passeando em uma exposição em minha cidade (Volta Redonda) vi o pessoal do Clube daqui (AICC) com seus canários, achei um verde opal mosaico lindo e como sou como a arca de noé e gosto de casais e filhotes, comprei um casalzinho: os chamamos Adão e Eva porque tinha certeza que seriam apenas os primeiros, sabia que o cabeludinho agora era uma questão de honra. Eu desejava cria-lo, desejava tê-lo e, acima de tudo, aquele pequenino poderia ser o meu Bonsai de Penas, pequeno, parrudinho, fofinho...

Parte 5:


Então vamos lá né? Sou professora, CDF, chata e aplicada...rsrsr... Quem era aquele cabeludinho? Como criar? Eu não tinha nenhumzinho mas estava catando informações onde pudesse encontrar. O povo aqui da AICC me deu o telefone de João Basile me informando que ele tinha gloster mas não era sua especialidade. Liguei para ele e me deparei com um "efeito colateral" da tal canaricultura: conhecer pessoas legais e gentis, ampliar seu círculo de amizades... Encomendei com ele dois casais e, ainda sem nenhum gloster fui ao Brasileiro e lá compramos alguns (eu e minha sócia, porque SIM! Eu envolvo o povo em minhas insanidades!!!!!rsrsrs) do Bissoli.

Parte 6:


OBA!!!! Agora nós temos gloster!!!! O cabeludinho estava agora povoando um quarto que tenho no quintal de casa... Mas sabe o mais engraçado dessa história?? Depois de ter meu "objeto de desejo" que eram os topetinhos acabei me apaixonando MESMO pelos gloster sem topete... vai entender... acho-os mais bonitos e intrigantes que os com topete... deve ser a cara de mau humor deles... sei lá....

ABRAÇO Dr. Garcia!!!!! Espero ter satisfeito sua curiosidade!!!!
(E se alguém quiser pode colocar um comentário que eu continuo a História..rsrs)

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